quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sistema Renal e Termorregulação

Sistema Renal

Aproximadamente, 1800 litros de sangue passam pelos rins diariamente, chegando até eles pela artéria renal. Esta se bifurca e origina a arteríola aferente, que se enovela, formando o glomérulo, do qual sai a arteríola eferente. O glomérulo é envolto pela cápsula de Bowman, da qual sai o túbulo contorcido proximal, que tem continuidade com a alça de Henle, seguida pelo túbulo contorcido distal, tubo coletor, que conduz o filtrado até a pelve renal. A partir daí, a urina é conduzida pelo ureter até a bexiga, sendo eliminada pela uretra.

O fluxo de sangue no glomérulo gera uma pressão glomerular, dependendo da resistência oferecida e, quanto maior a pressão glomerular, maior a taxa de filtração glomerular. São produzidos, aproximadamente, 180 litros de filtrado glomerular por dia, do qual 168L são reabsorvidos, havendo eliminação de cerca de 2L de urina.


Regulação da reabsorção no néfron

ADH: hormônio antidiurético, produzido pelo hipotálamo e secretado pela hipófise. Sua secreção é estimulada pelo aumento da osmolaridade plasmática. Ativa aquaporinas no túbulo contorcido proximal, para a reabsorção de água.
Renina: enzima proteolítica secretada pelas células justaglomerulares, que possuem grânulos de renina no seu interior. Essas células são sensíveis ao fluxo e, quando ele diminui, renina é liberada. A renina cliva o angiotensinogênio, formando angiotensina I, convertida em angiotensina II pela enzima cininase II ou ECA (enzima conversora de angiotensina). A angiotensina II age sobre as arteríolas do rim, vasodilatando a aferente e vasoconstritando a eferente, aumentando a pressão glomerular, compensando a queda anterior da pressão. Também age sobre a suprarrenal, para a produção de aldosterona, que estimula a reabsorção de sódio e água.





Os prilatos - como captopril, enalapril e ramipril - são bloqueadores da ECA, utilizados como drogas anti-hipertensivas, pois impedem a síntese de angiotensina II e seu efeito vasoconstritor, além de evitar o estímulo para a secreção de aldosterona.


Sistema Renal durante o exercício:


Fluxo sanguíneo renal (FSR): não muda até, aproximadamente, 50% do VO2 máximo. A partir daí, começa a cair, devido à vasoconstrição da artéria renal. Após a interrupção do teste, o FSR continua caindo por um tempo e depois se recupera, fazendo um pico de fluxo acima dos valores normais.

Filtração glomerular (FG): se mantém constante até 50% do VO2 máximo e, depois, começa a cair em proporção menor do que o FSR, devido à renina liberada pelas células justaglomerulares, provocando vasodilatação da arteríola aferente e vasoconstrição da eferente. A FG continua caindo após o exercício e faz um pico depois de horas.

Produção de urina (PU): não se altera até 50% do VO2 máximo. A partir daí, cai em maior proporção do que o FSR, pois a reabsorção de água aumenta, devido ao aumento do ADH e da aldosterona. A produção de urina estabiliza em um nível baixo e, após a recuperação, volta a aumentar até o nível normal.



Termorregulação:

O suor contém água e poucos eletrólitos, possuindo função de termorregulação por evaporação. Ocorre transferência de calor por convecção do músculo para o sangue, aquecendo a glândula sudorípara - ativada por catecolaminas - que, por sua vez, passa a captar água do sangue, produzindo gotículas de suor, que evaporam, retirando calor da superfície da pele. Se o suor não evaporar ou evaporar pouco, a temperatura corporal aumenta mais. Isso ocorre quando a umidade relativa do ar está muito alta ou quando a roupa cria um microclima entre sobre a pele.

Controle da temperatura

No calor, ocorre:

- Sudorese;
- Vasdilatação: para o calor ser eliminado mais facilmente, com o sangue mais próximo da superfície.

No frio, ocorre:

- Tremores: ação muscular involuntária ritmada;
- Vasoconstrição: para evitar que o sangue aflore;
- Piloereção: aumenta a espessura da camada de ar sobre a pele, mas não é eficiente em humanos.

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